Os Dias Contados (ebook)
João Tordo
Tudo tem um princípio, até mesmo o terror sem fim.
O novo policial de João Tordo leva-nos às origens de Pilar Benamor e ao caso que fez acordar todos os seus fantasmas.
Fevereiro de 2013: um acidente na neve precipita uma cadeia de acontecimentos que culminam no primeiro caso de investigação que cai nas mãos de Pilar Benamor. É também o princípio do seu confronto com o mal absoluto.
Quando o compositor Flores Baltazar regressa, com o filho e a mulher, de umas malogradas férias de esqui durante as quais se feriu com gravidade, apodera-se da família um mal-estar existencial. Tudo se agrava certa tarde, quando, à porta da escola do filho, Baltazar se envolve num confronto com o pai de outro aluno. Os polícias chamados ao local são os agentes Costa e Benamor.
Serão também eles a atender, dias depois, a chamada relacionada com o cadáver de uma prostituta num clube nocturno. Os contornos macabros do crime remetem Pilar Benamor para o célebre caso do Embalsamador, um psicopata que aterrorizou Lisboa anos antes e conduziu o seu pai ao desespero.
Ao longo da investigação, Pilar levanta o véu de uma rede de tráfico humano e enreda-se num perigoso feudo familiar. Quando um segundo cadáver embalsamado aparece à porta da esquadra, com um recado sinistro para a agente, instala-se a certeza de que o caso do Embalsamador não ficou resolvido.
Obsessiva, volátil, atormentada pela morte do pai e já a sucumbir à dependência que mais tarde a dominará, Pilar Benamor corre contra o tempo e contra a própria força policial para resolver este caso, ao mesmo tempo que procura proteger Flores Baltazar e o seu filho do violento clã Boki.
As revelações sucedem-se neste thriller imparável, até ao electrizante clímax no mesmo lugar onde tudo começou: a brancura a perder de vista da Serra Nevada.
Os dias contados retrata o embate de Pilar Benamor com as várias faces do horror, mas é também uma bonita história de amor entre um pai e um filho, que põe a descoberto as pesadas consequências dos erros mais humanos.
Os elogios da crítica:
«João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação que não se encontra facilmente.»
José Saramago
«Tal como o Nobel José Saramago, João Tordo põe em questão, com o seu talento, a crença numa identidade própria à qual nós, os humanos, estamos apegados.»
Le Monde
«Um romance que se abre em escuridão e labareda, para que nos vejamos ao espelho.»
José Tolentino Mendonça (sobre O luto de Elias Gro)
«Uma escrita vibrante, capaz de momentos de grande intensidade expressiva ou de inesperado lirismo.»
José Mário Silva, Expresso(sobre O luto de Elias Gro)
«Tordo não dá respostas. Alimenta cuidadosamente a ambiguidade, o paradoxo, como se fizessem parte de um silêncio cujo mistério não quer desvendar.»
Isabel Lucas, Público(sobre O Paraíso segundo Lars D.)
«João Tordo cria dois palcos contíguos, que equilibra entre o atrevimento cruel que o realismo comanda e o clima introspectivo quedele resulta, conjugados com particular desenvoltura e absoluta eficácia.»
Lídia Jorge (sobre O deslumbre de Cecilia Fluss)
«Uma narrativa com um cunho muito próprio e um dos registos mais pessoais e intensos desta geração.»
João Céu e Silva, Diário de Notícias (sobre Ensina-me a voar sobre os telhados)
«Um romance poderoso, inquietante e profundamente lírico.»
Helena Vasconcelos, Público(sobre Ensina-me a voar sobre os telhados)